quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Mina de Enxobregas - V

Quase quatro meses, uma hérnia discal e respectiva cirurgia depois de ter aqui falado pela última vez sobre a Mina de Enxobregas, volto com o mesmo assunto e com a mesma parte: os alojamentos do pessoal.
Os passos que faltavam em Agosto já foram feitos, faltando apenas pequenos pormenores, como o envelhecimento do telhado e das chaminés.
As janelas, que eram para ser em madeira de balsa, acabaram por ser feitas com Evergreen opaco e transparente, apenas por motivos de gosto pessoal: achei que fazer as janelas apenas com uma tábua seria forretice a mais do dono e patrão da mina! Assim, de balsa apenas ficaram as portas.
Depois de montadas as portas dediquei-me à pintura das paredes exteriores, sendo isso feito com tinta acrílica branca (da mesma marca das anteriores, Deka, seguida de patine com pastel seco (em pó), tendo tudo sido fixado com verniz em spray mate da Vallejo.
Seguiu-se a feitura das janelas, bastando para tal colar umas tiras de Evergreen no interior, seguido de uma pequena placa de Evergreen transparente e, para rematar, uma outra tira de Evergreen semelhante às anteriores, mas mais curta colada no centro da placa de "vidro".
Feito isto "só" faltavam o telhado e as chaminés.
O primeiro passo foi colar as chaminés. Para dar um efeito de casas construídas usando planos idênticos, tomei a decisão de colocar as chaminés sempre do lado da casa onde não fica a porta (lado esquerdo se a porta for à direita e do lado direito se a porta for à esquerda). Assim, fiquei com uma chaminé colada a uma das paredes exteriores e outras duas a uma das paredes interiores. As chaminés foram feitas usando perfil Evergreen e rematadas com um pouco de telha da Noch.
Seguiu-se o telhado. A primeira coisa feita foi colar do lado das paredes laterais pequenos pedaços de perfil de secção quadrada de Evergreen, pintados com tinta Deka de côr Umbra, para imitar os extremos dos barrotes do telhado que terminam já fora da casa. Embora pareça que este seja apenas um pormenor estético, estes pequenos troços de plástico são muito úteis para a fase seguinte.
Depois de colados os "barrotes" passei à colagem do telhado de duas águas, feito com telha da Noch. Para além da medida do telhado tive também que ter em atenção as chaminés, abrindo em cada uma das peças do telhado as devidas aberturas. Outro cuidado que tive foi o de fazer acertar as telhas de uma e outra peça, para que as duas águas batessem certas uma com a outra. Depois de tudo devidamente comprovado, passou-se à colagem, sendo os "barrotes" muito úteis para este processo, pois aumentaram, consideravelmente, a superfície de colagem do telhado à casa.
Coladas as duas águas do telhado seguiu-se a colagem dos "barrotes" mais pequenos (estes apenas por motivos estéticos) perpendiculares aos anteriores. Foi usado, mais uma vez, perfil Evergreen de secção quadrada mas mais pequena que a anterior e pintados com a mesma tinta dos outros "barrotes".
Agora é só "sujar" o telhado e as chaminés e colocar os alojamentos no sítio certo.



3 comentários:

LuisLopes disse...

Ricardo!!! Muito bom!!! Gostei do tratamento todo. Só vou meter uma colherada: Se ainda tiver sobras de do telhado, corte umas tiras da parte redonda da telha para fazer a cumeeira do mesmo! De resto, adorei! Bom trabalho!

Ricardo Moreira disse...

Obrigado.
Fiz isso no EP de Santa Eulália. Agora queria ver se descobria outro método porque o de aproveitar as tiras das sobras não é tão fácil como parece.
Primeiro porque geralmente são mais curtas que o telhado, o que obriga a colar vários segmentos.
Em segundo há o problema do ângulo. Embora não pareça, as telhas são relativamente planas, o que obriga a dobrar a tira para que a mesma se encaixe e cole melhor no telhado. No EP de Santa Eulália fiz isso, mas acabei por ver muitas delas a descolarem-se.
Se calhar acabarei por fazer isso, porque também não estou a ver alternativas (e fazer telhas à mão...)!

Ricardo Moreira disse...

Só uma pequena correcção: as janelas foram feitas com tiras de uma espessura para a moldura e para a do centro do vidro usei uma tira mais fina (com menor altura).
Não me perguntem medidas, porque já não me lembro de quais foram (só vasculhando no saco da tralha :D). É o resultado de ter feito as coisas e depois ter ficado 4 meses parado!