Na realidade, não só não tinha nada feito, como também nunca tinha feito ou participado na feitura de nada deste género. Andava já há 2 anos a trabalhar na minha estação de Santa Eulália (e continuo), mas achei que para um neófito 3 meses para pôr uma estação a mexer seria demais. Assim fiz agulha para outra via e construi um módulo de plena via, sem nada de especial, e ao qual, e por imposição das regras dos encontros que a isso obrigam, acabei por batizá-lo de Monte dos Ovinos.
Em termos muito simplistas, este módulo é apenas o caixote das normas Maquetren mais as duas vias e com uma decoração muito básica mais para tapar a madeira que para outra coisa. No final do trabalho acabou por ficar o que aqui se vê, na foto 1, uma coisa muito insípida, e sem grande graça. Mas era o meu módulo!
Nesta fase, o módulo tinha, ao fundo, algumas ovelhas do lado esquerdo (e que deram o nome ao mesmo), um terreno vazio, a fazer as vezes de campo lavrado (e que nesta foto levou com um helicóptero em cima), um caminho rural (onde está o Unimog com o reboque) e mato, com duas colmeias laranjas, para quebrar a monotonia. Do lado sul (à frente, portanto), temos campo, o caminho rural anterior (que atravessa a linha numa PN sem guarda) e mais um campo lavrado. O fundo era uma simples cartolina azul sem qualquer pintura.
Mais tarde resolvi enriquecer um pouco toda aquela miséria e assim os campos lavrados acabaram por dar lugar a uma seara (o campo do lado norte), ou mato com uma anta (do lado sul). Também o rebanho foi aumentado, acabando por usar todas as ovelhas que vinham na caixa. À frente apareceram uns caçadores e uns turistas a visitar a anta. Também o piso do caminho foi melhorado, com material mais apropriado. O fundo ganhou uma linda paisagem ao melhor estilo naïf, o que acabou por dar um aspecto mais interessante àquilo.
Com estes pequenos acrescentos o módulo passou a ter alguma vida.
Contudo continua a não ser perfeito. Uma das lições que eu tirei da feitura deste módulo é que devemos dar sempre volume aos módulos (e maquetes). O Monte dos Ovinos acabou por ficar uma coisa extremamente plana, onde a parte mais alta do módulo é o topo dos carris e onde não há uma única elevação ou depressão digna desse nome. Isto cria um efeito de prancha ou tábua-de-engomar e, principalmente, não permite que se esconda ou disfarce a transição do piso do módulo para o fundo.
O que aprendi neste módulo foi:
Em termos muito simplistas, este módulo é apenas o caixote das normas Maquetren mais as duas vias e com uma decoração muito básica mais para tapar a madeira que para outra coisa. No final do trabalho acabou por ficar o que aqui se vê, na foto 1, uma coisa muito insípida, e sem grande graça. Mas era o meu módulo!
Nesta fase, o módulo tinha, ao fundo, algumas ovelhas do lado esquerdo (e que deram o nome ao mesmo), um terreno vazio, a fazer as vezes de campo lavrado (e que nesta foto levou com um helicóptero em cima), um caminho rural (onde está o Unimog com o reboque) e mato, com duas colmeias laranjas, para quebrar a monotonia. Do lado sul (à frente, portanto), temos campo, o caminho rural anterior (que atravessa a linha numa PN sem guarda) e mais um campo lavrado. O fundo era uma simples cartolina azul sem qualquer pintura.
Mais tarde resolvi enriquecer um pouco toda aquela miséria e assim os campos lavrados acabaram por dar lugar a uma seara (o campo do lado norte), ou mato com uma anta (do lado sul). Também o rebanho foi aumentado, acabando por usar todas as ovelhas que vinham na caixa. À frente apareceram uns caçadores e uns turistas a visitar a anta. Também o piso do caminho foi melhorado, com material mais apropriado. O fundo ganhou uma linda paisagem ao melhor estilo naïf, o que acabou por dar um aspecto mais interessante àquilo.
Com estes pequenos acrescentos o módulo passou a ter alguma vida.
Contudo continua a não ser perfeito. Uma das lições que eu tirei da feitura deste módulo é que devemos dar sempre volume aos módulos (e maquetes). O Monte dos Ovinos acabou por ficar uma coisa extremamente plana, onde a parte mais alta do módulo é o topo dos carris e onde não há uma única elevação ou depressão digna desse nome. Isto cria um efeito de prancha ou tábua-de-engomar e, principalmente, não permite que se esconda ou disfarce a transição do piso do módulo para o fundo.
O que aprendi neste módulo foi:
- Em módulos ou troços de maquete em plena via, devemos criar sempre relevos. Na natureza não existem terrenos totalmente planos
- Criar sempre barreiras visuais que tapem ou disfarcem a transição do piso do módulo/maquete para o fundo
- Estudar bem quais os materiais a usar para que se consiga obter o efeito desejado.
2 comentários:
Ricardo, mais que certos, as suas ideias!
Nos meus módulos, apesar de serem N, vou criar o mesmo... Mesmo as cidades não são construídas no mesmo plano... Repare-se em Lisboa!!
Força nisso!
Eu falei na plena via pois, como sabe, nos módulos maquetren não há muito espaço, principalmente se representarem estações. Aí, e na melhor das hipóteses, poderemos aproveitar um ou outro canto para fazermos elevações.
Nos vários encontros e exposições em que participei notei que nos módulos de estação os próprios edifícios acabam por "quebrar" o "efeito de prancha". Geralmente apenas se fazem uns pequenos montes ou valas no lado contrário ao do EP (o qual fica, geralmente, vazio).
Claro que há excepções e módulos com estações onde aparecem elevações e por vezes até importantes. Veja-se o caso dos módulos da bifurcação de Chelas do Pedro Branco onde foi representada a barreira que existe na realidade (entre o apeadeiro de Chelas e as Olaias/Picheleira em Lisboa).
Mas, como eu disse, são excepções. No que estou a fazer, da estação de Santa Eulália (na linha do Leste, no concelho de Elvas), nunca poderia pôr elevações daquelas por manifesta falta de espaço: o EP fica encostado ao fundo e o cais coberto teve que ser reduzido a quase 3/4 da profundidade que deveria ter para caber no espaço disponível!
São as contigências com que os modelistas ferroviários têm que viver, como o Luís muito bem conhece!
Enviar um comentário